sexta-feira, 20 de março de 2009

Pelo simples prazer de divagar...

Não concordo quando dizem que certas coisas não se discutem, que gosto não se discute.
O que venho aprendendo é que com certas pessoas não adianta discutir. O fato de duas ou mais pessoas discutirem qualquer coisa não significa imposições de verdades, e sim uma troca de informações, várias visões sobre uma mesma coisa sendo compartilhada. Claro que há defesa de suas posições e enfim. Percebo que discussões sem pudores nem recalques só podem acontecer entre pessoas aptas a ouvir, compreender o outro, e ao menos, mostrar alguma possibilidade de moldar sua opinião, ou seja, mostrar-se flexível. Em alguns momentos, tenho posições radicais ou não tão flexíveis, mas ainda assim consigo ouvir o que vem do lado oposto.
Já com algumas pessoas, e quanto menor a intimidade que tenho com elas, evito trocar opiniões e reflexões sobre qualquer assunto. Quando acontece algum comentário extremamente preconceituoso, ainda me esquenta o sangue e quero saber 'qual é de merma'.
Mas, de um modo geral, tenho evitado alguns confrontos, algumas discussões inúteis, me calo e fico só observando...Simplesmente, tem tanto macaco véio cabeçudo que já começa afirmando que aquilo é aquilo e pronto, não vai mudar de opinião NUNCA! Aí, man, é melhor deixar pra lá, e procurar gastar seu tempo com outra pessoa.
Sou seletiva com as pessoas que me relaciono intimamente, abro mão dessas de mente cimentadas, e quando a convivência é ' inevitável' procuro ser o mais explícita possível sobre o que venho sendo, procuro não me intimidar, nem me esconder, ou negar as coisas que acredito e defendo quando preciso.
E assim, 'vou mostrando como sou e vou sendo como posso'...

quarta-feira, 4 de março de 2009

O quê.

Quero uma sábia conquista
Modesta e sabiamente tácita
Que chegue leve, breve, louca
Que me leve louca, vida breve.

Quero o inevitável desejo
Sem modos, sem jeito, sem jogos.
E assim, sem vaidade
Se dar sem trocados.

Quero desalinho tranquilo
Todos os riscos, gozos, sentidos
Livre(mente) sendo, pois
Para enfim, um grande amor ser.

terça-feira, 3 de março de 2009

No regrets.

Não é bem assim: simplesmente dizer o que você sente e pensa às pessoas. Porque ficam dizendo que o melhor a se fazer é declarar seus sentimentos antes que seja tarde? Não é bem assim.
E meus sentimentos controversos?E meus sentimentos confusos? E a falta de nome que ás vezes eles têm? O que faço com isso? Simplesmente vomitar palavras sem sentido, ou chamar tudo de amor ou ódio, não é legal pra mim! Além do mais, tudo que se fala é captado de variadas formas. Sabe-se lá qual impacto que fará soltar palavras, que podem vir a serem vãs.
Claro, se há o amor, tudo bem, expresse o amor. Se há a mágoa, vai lá, desabafe.
Mas quando refleti sobre várias coisas que não disse, me peguei meio 'arrependida' de não ter feito. Porém, pensando agora, vejo que não disse porque nem sempre elas tinham palavras representativas, não eram pra serem ditas. Se soubessem como em segundos vêm a mente uma profusão de sentimentos, idéias, frases, nonsenses...se soubessem, pediriam arrego, pediriam que eu só deixasse isso pra lá e continuasse sem explicação.
É, nem sempre a questão é falar e pronto. Tem que saber o que dizer, ter o que dizer, tem que fazer sentido pra quem ouve. Do contrário, melhor calar e simplesmente deixar as coisas acontecerem, fazer as coisas se movimentarem sem ter que ficar todo tempo nomeando incertezas.
Passado o tempo, vejo que hoje me parecem óbvio alguns sentimentos que noutro momento não eram tão claros, ou se quer, faziam sentido. Então esse papo de ser tarde demais pode virar lenda. Não pode pular etapas, as coisas acontecem. O 'tarde' pode vir a ser simplesmente a hora da descoberta. Não viajamos pro futuro, nem podemos voltar ao passado.